Num momento em que tanto se fala de educação, é bom lembrar o desafio dum Pacto Educativo Global, que há cerca de dois anos o Papa Francisco lançou ao mundo inteiro, propondo um compromisso por um mundo diferente, na promoção do diálogo ente culturas, da paz e da ecologia integral: “Este é o momento de aderir a um pacto educativo global para e com as gerações jovens, que empenhe as famílias, as comunidades, as escolas e universidades, as instituições, as religiões, os governantes, a humanidade unindo esforços numa ampla aliança educativa para formar pessoas maduras, capazes de superar fragmentações e contrastes e reconstruir o tecido das relações em ordem a uma humanidade mais fraterna”. O Papa manifestou a sua convicção de que “um mundo diferente é possível”, convidando para o novo Pacto Educativo Global “homens e mulheres da cultura, da ciência e do desporto, artistas, operadores dos meios de comunicação social”. Lembrando que o valor das nossas práticas educativas não será medido simplesmente pela superação de testes padronizados, mas pela capacidade de incidir no coração duma sociedade e fazer nascer uma nova cultura, pediu-nos “audácia” para superar visões centradas apenas na “utilidade, o resultado (padronizado), a funcionalidade e a burocracia, que confundem educação com instrução”. A educação tem de ser a principal prioridade da sociedade. Nunca seremos capazes de educar, se não colocarmos a pessoa no centro e não estivermos conscientes do papel que cabe à família, à escola, aos governos e demais intervenientes no processo educativo. Não é possível educar sem que os diferentes agentes educativos trabalhem em conjunto e assumam as competências específicas de cada um. Urge confiarmos uns nos outros, respeitando e valorizando a função que nos está confiada na missão complexa, mas bela que é educar.
Padre Paulo