Depois das festas natalícias e de ano novo, a vida, pouco a pouco, regressa ao normal. É tempo de arrumar os enfeites de Natal e voltar a enfrentar os desafios de cada dia. É altura de volta a colocar na caixa de arrumações luzes, estrelas, árvores e o presépio. Sim o presépio que por uns momentos foi presença central nas nossas casas enchendo-as de encanto e ternura. Depois é só arrecadar a caixa no sótão e esperar até ao próximo Natal. Neste gesto, quase mecânico e rotineiro, muitas vezes nem nos damos conta que o que estamos verdadeiramente a fazer é a colocar Deus na prateleira ou no sótão de arrumações da nossa vida. Às vezes parece que só nos lembramos do Deus menino e da sua mensagem de amor e de paz no Natal. Depois, com o tempo, esquecemo-nos de Deus, imersos nas rotinas do quotidiano que nos consomem e desviam do essencial. E o essencial é amar e sermos felizes! O essencial é a gruta de Belém e o seu desafio de amor e ternura!
De que servem os compromissos e projetos de ano novo se o menino Deus não estiver connosco todos os dias do ano. É ele que pode dar sentido às alegrias e tristezas que temos de enfrentar, é ele que nos lembra que sem Deus não podemos nada. É ele o amor feito homem! Se queremos verdadeiramente um ano cheio de amor, paz e esperança, então, por favor, não arrumem o menino no sótão… guardem-no no coração.
Padre Paulo Malícia