O início do ano é sempre um tempo de esperança e de renovação. Muitos têm até o hábito de começar o ano a fazer 12 desejos enquanto o ponteiro do relógio assinala a passagem de 31 de dezembro para 1 de janeiro.
É bom acreditar que o futuro nos pode trazer sorte e satisfazer as nossas ambições. É ainda melhor sonhar e ousar fazermo-nos ao caminho com determinação e sem medo das encruzilhadas. Mas, também era importante, começarmos o ano com um renovado empenho pessoal e coletivo.
Que compromissos tenho de assumir para melhorar a minha vida?
O que tenho de mudar?
Onde tenho de me esforçar?
O que posso fazer em concreto?
Há coisas que só dependem de nós e, se ficamos à espera do tempo ou da sorte, corremos o risco de adiar e comprometer a nossa felicidade e, não raro, a nossa dignidade. É certo que, muitas vezes estamos sujeitos a circunstâncias imprevistas e incontroláveis. São as surpresas – boas e más, que a vida nos reserva. Mas, não basta desejar um bom ano e arriscar a sorte. Precisamos de nos comprometer, com esforço e entusiamo, no que está nas nossas mãos construir e resolver, com a certeza de que sem Deus nada se alcança: “Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os construtores. Se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigiam as sentinelas” (Sl 127).
Padre Paulo Malícia